Alemanha aprova resolução que equipara antissionismo a antissemitismo
O Parlamento alemão aprovou recentemente uma resolução que gerou controvérsias e recebeu críticas de historiadores. Veja os principais aspectos abordados:
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A resolução define que ações como negar o direito de Israel à existência, apoiar boicotes ao país ou acusá-lo de genocídio são considerados antissemitismo.
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Organizações artísticas e grupos humanitários que se enquadrarem na definição de antissemitismo poderão ter seu financiamento governamental cancelado.
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Para obter cidadania ou residência na Alemanha, as pessoas precisarão reconhecer o direito de Israel à sua existência.
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O texto atribui a culpa pelo aumento do antissemitismo a muçulmanos radicais e a um segmento de imigrantes do Oriente Médio, ignorando o antissemitismo fundamentado no racismo europeu.
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A proposta foi aprovada por diversos partidos, incluindo os Social-democratas, Verdes, FDP (partido liberal), assim como o centro-direita CDU e a extrema-direita AFD. Notavelmente, uma deputada da AfD expressou agradecimento ao Partido Verde por incluir menções a imigrantes muçulmanos.
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O partido de esquerda Die Linke optou pela abstenção, enquanto o movimento populista de esquerda BSW foi o único a votar contra a resolução.
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Um manifesto assinado por 100 judeus elogiou a resistência à resolução, sugerindo que ela poderia, contraditoriamente, aumentar os casos de antissemitismo.
- Vários intelectuais progressistas, incluindo vozes judaicas, argumentam que a real intenção da resolução é silenciar críticas ao governo israelense atual.
Essa resolução levanta debates importantes sobre a liberdade de expressão e o contexto político atual, refletindo tensões complexas nas relações internacionais e na sociedade alemã.
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