Apesar do aumento da produção, preços dos alimentos no Brasil permanecem elevados
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê que, em 2025, a safra de grãos do Brasil deve ultrapassar 328 milhões de toneladas, representando um crescimento de 12,2% em relação ao ano anterior. Esses dados, atualizados em abril, refletem um momento de potencial para a agricultura nacional.
Entretanto, essa elevação na produção não se traduziu em uma diminuição nos preços dos alimentos. O IBGE aponta que, nos últimos 12 meses, os preços dos produtos alimentícios e bebidas subiram 7,81%, a maior alta registrada desde fevereiro de 2023.
Um dos principais fatores para essa discrepância é que a significativa quantidade de grãos colhida atualmente não está sendo direcionada para o consumo interno. Especialistas destacam que o Brasil vem priorizando a produção de commodities em detrimento de alimentos básicos, resultando em uma lógica de mercado que visa principalmente o lucro econômico. Um exemplo disso é o aumento de 20,8% no preço da carne em 2024, enquanto as exportações do setor atingem recordes e as vendas para o exterior crescem 30%.
Essa situação evidencia um desafio consistente para o país, que enfrenta a necessidade de alinhar sua capacidade produtiva com as demandas sociais internas.
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